Polícia diz: Tolerância zero na repressão à pirataria em Caruaru

Publicado por: Editor Feed News
10/12/2013 19:56:15
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CARUARU (10/12) Do correspondente– A Delegacia de Crimes Contra a Propriedade Imaterial (Depprim), com sede em Recife e atuação em todo o estado, vem fazendo apreensões com resultados espantosos.  Essas operações, sempre bem sucedidas, tem no comando o delegado Germano Bezerra, cuja equipe vem fazendo um trabalho ostensivo e exitoso.

 

Não faz muito tempo, no conhecido “Barracão”, na feira de Caruaru, 9 mil peças foram apreendidas. No Polo Comercial de Caruaru, não foi muito diferente, resultando em 6 mil peças em apenas 18 de inumeras outras lojas na mira da polícia. Os produtos piratas foram recolhidos em dezenas de sacos, saíram em caminhões da polícia, na sua maioria roupas, calçados, bolsas, relógios, óculos entre outros num total de quase 300 mil reais. Tudo falsificado.

 

Segundo o Dr. Germano, “essas ações, certamente não resolverá o problema, mas certamente, vai coibir a venda desses produtos no próximo Natal. Vamos continuar nossas ações e os lojistas que tiveram seus produtos apreendidos, responderão a inquérito”. O Chefe da segurança do local ainda tentou, evitar (em vão) que nossa reportagem fizesse as imagens.

 

Nenhuma sociedade que se possa dizer civilizada, em nenhum lugar do mundo, aceitaria que mercadorias ilícitas, quanto a sua essência ou origem, fossem vendidas em praça pública, em grande quantidade, e de modo absolutamente ostensivo. Equivaleria a verdadeira desmoralização do Estado de Direito! Por que será, então, que vemos, diariamente, em nossas cidades, vendedores ambulantes, lojistas, a comercializar mercadorias contrafeitas e pirateadas, na presença de qualquer um? E, para piorar a situação, o faz muito frequentemente a poucos metros das repartições públicas que têm a competência de combater esse crime. Apenas para amenizar a péssima impressão que nos causa essa constatação, lembramos que, mesmo em países considerados mais "evoluídos" que o nosso, o problema da pirataria ainda não foi resolvido satisfatoriamente.

 

Contudo, ações isoladas, realizadas inopinada e abruptamente, desacompanhadas de campanhas de esclarecimento, podem até produzir um efeito "bombástico" imediato nas redondezas onde ocorrem, mas não servem ao combate profilático, amplo, eficaz e duradouro.

 

Em vez de essas medidas esporádicas formarem consciência crítica na sociedade, acabam, ao inverso, piorando a situação: cada vez mais, a população inadvertida tende a se sensibilizar com a situação dos que praticam esse delito, e a tomar antipatia em relação às ações públicas.

 

Então, mais eficaz do que se tentar pegar infratores de surpresa é fazer uma ampla campanha de esclarecimento dos inúmeros prejuízos que a pirataria provoca à sociedade: danos ao mercado formal de trabalho, aos consumidores, ao desenvolvimento tecnológico, riscos à saúde etc. Nessa campanha, - que deve utilizar todos os meios de informação disponíveis (aliás, esse seria um excelente investimento governamental em publicidade) - a população deve estar plenamente ciente de que a repressão ocorrerá com muito maior rigor: tolerância zero.

 

As ações repressivas devem ser realizadas de modo bastante frequente, com aparato policial e fiscal adequado, de modo itinerante, em todos os lugares onde o comércio ilegal esteja sendo praticado, sem que se dê tempo para sua reorganização.

 

Em suma: a repressão à pirataria, para ter mais chances de êxito, precisa ser contínua, ostensiva, bem divulgada e aparelhada, e, principalmente, necessita do apoio da imprensa, da iniciativa privada, da compreensão da população e, tanto quanto possível, do poder público.

 

 

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