O amor na era da internet. O que mudou?

Publicado por: Editor Feed News
20/11/2013 16:32:28
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* Rosana Braga
Para aqueles que estão na casa dos 30, pode ser difícil imaginar o mundo sem internet. Talvez seperguntem: como era possível fazer novos amigos, manter a comunicação ativa e até renovar contatos sem essa grande rede disponível, sem os sites de relacionamento e sem as facilidades virtuais? Como todo cenário pode ser analisado por diferentes ângulos, os que vivem desde os tempos em que a internet não passava de uma promessa futurística, também podem levantar importantes reflexões sobre as vantagens e desvantagens desta era digital.

 

Claro que facilidade na comunicação e na interatividade é sempre bem-vinda, especialmente quando o objetivo é encontrar um grande amor. Porém, é sempre preciso considerar a qualidade dos encontros, que tem a ver com boas intenções, comprometimento e vontade de fazer dar certo. Na era da internet, o amor ganhou novas dimensões. Casamentos entre pessoas que moram a muitos quilômetros de distância tornaram-se possíveis e frequentes. Já não existem fronteiras entre os corações e isso é muito bom.

 


Por outro lado, também acontecem desilusões, enganos e decepções por falta de ética e de bom senso de algumas pessoas, que equivocados diante de tantas possibilidades, abusam de máscaras, mentiras e falsas declarações para prejudicar os que se mostram vulneráveis. Qual a medida certa? A internet pode mesmo ser um ponto de encontro? Amores virtuais existem mesmo? Sim, mas é preciso ponderar. Antes de começar um relacionamento num universo invisível, vale investir na sua autoestima e na certeza de que amor para ser vivido de verdade tem que deixar de ser exclusivamente virtual o quanto antes.

 


A tecnologia pode ser uma porta indispensável para promover encontros maravilhosos, mas nunca será tão humano, com todas as nuances que a humanidade nos confere, quanto o universo real. Além dos encontros, o amor na era da internet ainda abre espaço para reflexões sobre traição, exposição e egos. Portanto, é preciso se questionar: o que você realmente deseja viver? Qual a distância que deseja criar entre quem você é no mundo real e quem você quer parecer no mundo virtual? Por quê? Para quê? Para quem? Até quando?
Sim, “consideramos justa toda forma de amor” (trecho da música de Lulu Santos), desde que sejam genuínas e baseadas em boas intenções. Porque se aproveitar da carência e da ingenuidade de alguém para tirar vantagem não é bom. Apesar de todas as facilidades que a tecnologia nos proporciona, é na sinceridade de cada um que está a garantia de que o amor vale a pena.

 


* Rosana Braga é consultora de relacionamento e comunicação do ParPerfeito, palestrante, jornalista e escritora.

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