Em assembléia geral realizada, no último sábado (15), na Câmara de Vereadores de Caruaru, o I Conselho Municipal de Políticas de Promoção da Igualdade Étnico-Racial foi eleito. Na oportunidade, integrantes da população negra do município ocuparam a plenária da casa para escolher 12 representantes da sociedade civil que, juntamente a seis representantes do Governo, irão fiscalizar a implantação de políticas públicas para o segmento social.
Antes da votação, todos os participantes foram credenciados e os interessados em se candidatarem ao conselho fizeram suas inscrições. Elementos da cultura negra também tiveram espaço, o movimento e a musicalidade da Capoeira, por exemplo, foram enaltecidos no pátio da Câmara e as manifestações religiosas, de matrizes africanas ou não, foram celebradas com cantos e ritos.
Entidades significativas na luta pelos direitos da população negra enviaram seus representantes, foram elas: o Movimento Negro Unificado (MNU), Conselho Nacional de Promoção a Igualdade Racial (CNPIR) e a Rede de Mulheres de Terreiros de Pernambuco. Representando o poder público estavam componentes da Secretaria Especial da Mulher e de Direitos Humanos e da Secretaria de Participação Social.
Para o gerente municipal de Direitos Humanos, Aristóteles Veloso, é um “momento histórico para Caruaru, conseguimos dentro de pouco tempo, institucionalizar um espaço participativo e de diálogo entre governo e sociedade no combate ao racismo, na promoção da igualdade étnico-racial e do respeito a diversidade religiosa. Esse conselho simboliza muito para a resistência de negros e negras de nossa cidade".
Ainda durante o evento, as exposições “História e Vivência das Mulheres Negras” e “Transcritos” estimularam a visibilidade da população negra e da população de travestis e transexuais de Caruaru. A primeira delas retratou as dificuldades e superações das mulheres negras, enquanto a segunda ilustrou narrativas de pessoas travestis e transexuais com foco na cidadania e nos Direitos Humanos.
Fonte: PMC
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